Quando se fala de graça salvadora o homem precisa conhecer seu sentido e dimensão. Então, para esclarecer estes fatos encontramos em Tito tal abordagem. Por exemplo, teologicamente conceituamos graça como o favor imerecido de Deus. Certamente, um dom sobrenatural concedido por Ele como meio de salvação. Por outro lado, a Escritura nos fornece a extensão mensurável dos fatos revelados. Por exemplo, a relação do pecado versus a salvação. 

Cabe salientarmos, que a graça sempre existiu. Todavia, era manifestada através dos propósitos do Senhor em relação a salvação do homem caído. Primeiramente vista em Adão. Segundo manifestada com a nação de Israel no Antigo Testamento e terceiro revelada de forma plena na pessoa de Jesus Cristo no Novo Testamento.

Dessa forma, a manifestação da graça aos homens não se dar de forma arbitrária, ou seja, no sentido de que Deus esteja dispensando correção de erros. Certamente espera que se arrependam de seus pecados. Além disso, o Senhor quer que os homens respondam com fé a sua graça. Por exemplo, manifestada na pessoa do seu filho amado Jesus Cristo.  Consequentemente, voltem-se para Ele em amor e obediência para adorá-Lo, servi-Lo e amá-Lo de todo o seu coração, força e entendimento.

Por isso, a graça de Deus se manifesta salvadora a todo os homens (Tt 2:11). Todavia, isso não significa que todos serão salvos. Porém, a graça é suficiente para salvar todos os homens. Mas, eficientes somente para aqueles que creem. Certamente no nome de Jesus Cristo, confessando-O como Senhor e Salvador de suas vidas.

Como resultado, estes fatos são bem explícitos no livro de Apocalipses 5:9 “E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação”. Por exemplo, a Salvação é uma realidade a todos. Por outro lado, não no sentido de totalidade ou universalismo. Mas, que o evangelho no Poder do Espírito Santo alcançará gente de todo o mundo. Para esclarecer, que representam “toda a tribo, e língua, e povo, e nação”.

Então, a graça de Deus também se manifesta educadora. Consequentemente nos ensina que devemos renunciar toda impiedade. Por exemplo, a falta de reverência a Deus, maldades e paixões mundanas. Como resultado, é proibida, corrupta. Entretanto, se aprendermos com a graça divina, ela afetará nosso comportamento. Em primeiro lugar, fazendo com que vivamos de forma sensata, ou seja, mente sã, sóbria e de forma moderada. Em segundo lugar, justa, ou seja, honestamente com retidão. Terceiro lugar, piedosa, ou seja, amor e respeito a Deus e compaixão pelos sofrimentos ao próximo (Tt 2:12).

Consequentemente, a graça divina se manifesta como uma bem-aventurada esperança. O mais importante, só que tem esperança em Deus pode aguardar e confiar no cumprimento da segunda volta de Cristo. Certamente, proporcionada pela fé necessária e genuína para esperarmos confiantes e obedientes ao Senhor por meio de sua palavra. E, acima de tudo, direcionado pelo Espírito Santos até o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tt 2:13).

Portanto, a graça também se manifestou sacrificial. Certamente manifestada na pessoa do filho de Deus – a saber, Jesus Cristo “o qual se deu a si mesmo por nós” (Tt 2;14), ou seja, voluntariamente. Como resultado, remir o homem de toda a maldade, livrando-o das penas do inferno, mediante o pagamento de um preço, ou seja, a sua própria vida.  Certamente, em favor dos pecadores, como a Escritura diz “o justo pelos injustos; para levar-nos a Deus; mortificados, na verdade, na carne, mas vivificados pelo Espírito (1 Pe 3:18). Então, purificados, ou seja, livres da contaminação do pecado e das culpadas, podendo agora ser zelosos de boas obras; assim, prestar um culto agradável a Deus, servindo e amando ao próximo como a si mesmo.

Concluímos que a graça de Deus leva o homem a dizer sim para nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo, mediante a fé. Todavia, também nos ensina a dizer não para a impiedade e paixões mundanas. Certamente à custa de um alto preço – a vida de Jesus Cristo na cruz do calvário. Consequentemente, para aplicar-nos as boas obras por uma bem-aventurada esperança.