Ana era uma mulher marcada pelo desejo de ser mãe. Apesar de ser estéril, ela sonhava com a possibilidade de conceber um filho. Ciente de que apenas o Senhor poderia mudar aquela situação, Ana foi ao templo e derramou seu coração diante do Altíssimo. Em oração, essa mulher reconheceu a grandeza do Senhor e declarou que, se fosse respondida, dedicaria a vida do seu filho a Deus. 

Algum tempo depois, ela foi agraciada com a dádiva de um filho e, fiel à sua promessa, dedicou-o ao templo, consagrando-o para a sagrada obra do Senhor. A disponibilidade de Ana em consagrar seu filho revela um dos objetivos da paternidade. Pais devem criar seus
filhos para a glória de Deus. 

Todo esforço empreendido na instrução da criança tem de perpassar pelo ideal de que o filho precisa aprender qual o propósito maior da existência humana. Deus nos criou com o intuito de que nossa vida testifique da sua grandeza. Nesse sentido, criar filhos para a glória de Deus implica em educá-los sob a perspectiva de que a verdadeira felicidade e a vida abundante só podem ser encontradas em Jesus Cristo. 

Pais que desejam o melhor para seus filhos precisam entender que sua responsabilidade vai muito além de repassar um simples
legado pessoal ou familiar. O objetivo da instrução é apresentar aos filhos os valores do Reino, testificando as verdades eternas e reafirmando por meio de atos e palavras o quão é significativo
ter um compromisso com Cristo. 

Certa vez, Jesus ensinou sobre a dinâmica da prioridade com a seguinte pergunta: “Pois que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua vida?” (Mc 8.36). Não vale a pena dedicarmos nossas vidas àquilo que é supérfluo e vazio, comprometer-nos com o sucesso pessoal e negligenciarmos nossa vida diante de Deus. 

Filhos instruídos no caminho do Senhor aprenderão em casa como é importante ter uma vida fundamentada em Cristo. Assim, pais, jamais negligenciem o ideal de criar filhos para a glória de Deus. Essa é a sua mais preciosa e urgente missão no cuidado do seu lar.